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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Capoeira

capoeira ou capoeiragem é uma expressão cultural brasileira que mistura arte marcialesportecultura popular e música. Desenvolvida no Brasil principalmente por descendentes de escravos africanos, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando primariamente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas, cotoveladas,acrobacias em solo ou aéreas.
Uma característica que distingue a capoeira da maioria das outras artes marciais é a sua musicalidade. Praticantes destaarte marcial brasileira aprendem não apenas a lutar e a jogar, mas também a tocar os instrumentos típicos e a cantar. Um capoeirista que ignora a musicalidade é considerado incompleto. Outras expressões culturais, como o maculelêe o samba de roda, são muito associadas à capoeira, embora tenham origem e significados diferentes.
A Roda de Capoeira foi registrada como bem cultural pelo IPHAN no ano de 2008, com base em inventário realizado nos estados da Bahia, de Pernambuco e do Rio de Janeiro, considerados berços desta expressão cultural.
Em novembro de 2014, a Roda de Capoeira recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
Etimologia
Existem duas possibilidades comumente aventadas para se explicar a origem do termo "capoeira":
  • derivaria do cesto homônimo utilizado pelos escravos para transportar as aves capadas até os mercados onde elas seriam comercializadas: os escravos, no caminho até os mercados, se distrairiam com movimentos de luta, originando, assim, a denominação "capoeira" para os movimentos praticados;
  • derivaria do termo tupi kapu'era, que significa "o que foi mata", através da junção dos termos ka'a ("mata") e pûera ("que foi") . Refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil onde era praticada agricultura indígena. Acredita-se que a capoeira tenha obtido o nome a partir destas áreas que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata. Capoeiristas fugitivos da escravidão e desconhecedores do ambiente ao seu redor frequentemente usavam a vegetação rasteira para se esconderem da perseguição dos capitães do mato.
História

Origem

No século XVII, era costume dos povos pastores do sul da atual Angola, na África, comemorar a iniciação dos jovens à vida adulta com uma cerimônia chamada n'golo (que significa "zebra" em quimbundo). Durante a cerimônia, os homens competiam numa luta animada pelo toque de atabaques em que ganhava quem conseguisse encostar o pé na cabeça do adversário. O vencedor tinha o direito de escolher, sem ter de pagar o dote, uma noiva entre as jovens que estavam sendo iniciadas à vida adulta. Com a chegada dos invasores portugueses e a escravização dos povos africanos, a capoeira foi introduzida no Brasil.
No Brasil, assim como no restante da América, os escravos africanos eram submetidos a um regime de trabalho forçado. Eram também forçados à adoção da língua portuguesa e da religião católica. Como expressão da revolta contra o tratamento violento a que eram submetidos, os escravos passaram a praticar a luta tradicional do sul de Angola nos terrenos de mata mais rala conhecidos como "capoeiras" (termo que vem do tupi kapu'era, que significa "mata que foi", se referindo aos trechos de mata que eram queimados ou cortados para abrir terreno para plantações dos índios).
A partir do século XVI, Portugal começou a enviar escravos para o Brasil, provenientes primariamente da África Ocidental. Os povos mais frequentemente vendidos no Brasil faziam parte dos povos Iorubá e Daomé, guineo-sudanês, dos povos Malesi e hauçá e do grupobanto (incluindo os congos, os quimbundos e os Kasanjes), provenientes dos territórios localizados atualmente em Angola e Congo.
A capoeira ainda é motivo de controvérsia entre os estudiosos de sua história, sobretudo no que se refere ao período compreendido entre o seu surgimento e o início do século XIX, quando aparecem os primeiros registros confiáveis com descrições sobre sua prática. No século XVI, Portugal tinha um dos maiores impérios coloniais da Europa, mas carecia de mão de obra para efetivamente colonizá-lo. Para suprir este déficit, os colonos portugueses, no Brasil, tentaram, no início, capturar e escravizar os povos indígenas, algo que logo se demonstrou impraticável. A solução foi o tráfico de escravos africanos.
A principal atividade econômica colonial do período era o cultivo da cana-de-açúcar. Os colonos portugueses estabeleciam grandes fazendas, cuja mão de obra era primariamente escrava. O escravo, vivendo em condições humilhantes e desumanas, era forçado a trabalhar à exaustão, frequentemente sofrendo castigos e punições físicas. Mesmo sendo em maior número, a falta de armas, a lei vigente, a discordância entre escravos de etnias rivais e o completo desconhecimento da terra em que se encontravam desencorajavam os escravos a rebelar-se. Neste meio, começou a nascer a capoeira. Mais do que uma técnica de combate, surgiu como uma esperança de liberdade e de sobrevivência, uma ferramenta para que o negro foragido, totalmente desequipado, pudesse sobreviver ao ambiente hostil e enfrentar a caça dos capitães do mato, sempre armados e montados a cavalo.
Nos Quilombos
Não tardou para que grupos de escravos fugitivos começassem a estabelecer assentamentos em áreas remotas da colônia, conhecidos como quilombos. Inicialmente assentamentos simples, alguns quilombos evoluíam atraindo mais escravos fugitivos, indígenas ou até mesmo europeus que fugiam da lei ou da repressão religiosa católica, até tornarem-se verdadeiros estados multiétnicos independentes. A vida nos quilombos oferecia liberdade e a oportunidade do resgate das culturas perdidas à causa da opressão colonial. Neste tipo de comunidade formada por diversas etnias, constantemente ameaçada pelas invasões portuguesas, a capoeira passou de uma ferramenta para a sobrevivência individual a uma arte marcial com escopo militar.
O maior dos quilombos, o Quilombo dos Palmares, resistiu por mais de cem anos aos ataques das tropas coloniais. Mesmo possuindo material bélico muito aquém dos utilizados pelas tropas coloniais e, geralmente, combatendo em menor número, resistiram a pelo menos 24 ataques de grupos com até 3 000 integrantes comandados por capitães do mato. Foram necessários dezoito grandes ataques de tropas militares do governo colonial para derrotar os quilombolas. Soldados portugueses relataram ser necessário mais de um dragão (militar) para capturar um quilombola, porque se defendiam com estranha técnica de ginga e luta. O governador-geral da Capitania de Pernambuco declarou ser mais difícil derrotar os quilombolas do que os invasores holandeses.
A Urbanização
Com a transferência do então príncipe regente dom João VI e de toda a corte portuguesa para o Brasil em 1808, devido à invasão de Portugal por tropas napoleônicas, a colônia deixou de ser uma mera fonte de produtos primários e começou finalmente a se desenvolver como nação. Com a subsequente abertura dos portos a todas as nações amigas, o monopólio português do comércio colonial efetivamente terminou. As cidades cresceram em importância e os brasileiros finalmente receberam permissões para fabricar no Brasil produtos antes importados, como o vidro.
Já existiam registros da prática da capoeira nas cidades de SalvadorRio de Janeiro e Recife desde o século XVIII, mas o grande aumento do número de escravos urbanos e da própria vida social nas cidades brasileiras deu à capoeira maior facilidade de difusão e maior notoriedade. No Rio de Janeiro, as aventuras dos capoeiristas eram de tal jeito que o governo, através da portarias como a de 31 de outubro de 1821, estabeleceu castigos corporais severos e outras medidas de repressão à prática de capoeira.
Libertação dos Escravos e Libertação
No fim do século XIX, a escravidão no Brasil era basicamente impraticável por diversos motivos, entre eles o sempre crescente número das fugas dos escravos e os incessantes ataques das milícias quilombolas às propriedades escravocratas. O império Brasileiro tentou amenizar os diversos problemas com medidas como a lei dos Sexagenários e a lei do Ventre Livre, mas o Brasil inevitavelmente reconheceria o fim da escravidão em 13 de maio de 1888 com a lei Áurea, sancionada pelo parlamento e assinada pela princesa Isabel.
Livres, os negros viram-se abandonados à própria sorte. Em sua grande maioria, não tinham onde viver, onde trabalhar e eram desprezados pela sociedade, que os via como vagabundos. O aumento da oferta de mão de obra europeia e asiática do período diminuía ainda mais as oportunidades e logo grande parte dos negros foi marginalizada e, naturalmente, com eles a capoeira.
Foi inevitável que diversos capoeiristas começassem a utilizar suas habilidades de formas pouco convencionais. Muitos começaram a utilizar a capoeira como guardas de corpo, mercenários, assassinos de aluguel, capangas. Grupos de capoeiristas conhecidos comomaltas aterrorizavam o Rio de Janeiro. Em pouco tempo, mais especificamente em 1890, a República Brasileira decretou a proibição da capoeira em todo o território nacional , vista a situação caótica da capital brasileira e a notável vantagem que um capoeirista levava no confronto corporal contra um policial.
Devido à proibição, qualquer cidadão pego praticando capoeira era preso, torturado e muitas vezes mutilado pela polícia. A capoeira, após um breve período de liberdade, via-se mais uma vez malvista e perseguida. Expressões culturais como a roda de capoeira eram praticadas em locais afastados ou escondidos e, geralmente, os capoeiristas deixavam alguém de sentinela para avisar de uma eventual chegada da polícia.
A Luta Regional Baiana
Em 1932, um período em que a perseguição à capoeira já não era tão acentuada, mestre Bimba, exímio lutador no ringue e em lutas de rua ilegais, fundou em Salvador a primeira academia de capoeira da história. Bimba, ao analisar o modo como diversos capoeiristas utilizavam suas habilidades para impressionar turistas, acreditava que a capoeira estaria perdendo sua eficiência como arte marcial. Dessa forma, Bimba, com auxílio de seu aluno José Cisnando Lima, enxugou a capoeira, tornando-a mais eficiente para o combate e inseriu alguns movimentos de outras artes marciais, como o batuque. Mestre Bimba também desenvolveu um dos primeiros métodos de treinamento sistemático para a capoeira. Como a palavra capoeira ainda era proibida pelo código Penal, Bimba chamou seu novo estilo de Luta Regional Baiana.
Em 1937, Bimba fundou o centro de Cultura Física e Luta Regional, com alvará da secretaria da Educação, Saúde e Assistência de Salvador. Seu trabalho obteve aceitação social, passando a ensinar para as elites econômicas, políticas, militares e universitárias. Finalmente, em 1940, a capoeira saiu do código Penal brasileiro e deixou definitivamente a ilegalidade. Começou, então, um longo processo de desmarginalização da capoeira.
Em pouco tempo a notoriedade da capoeira de Bimba demonstrou ser um incômodo aos capoeiristas tradicionais, que perdiam espaço e continuavam a ser malvistos. Esta situação desigual começou a mudar com a inauguração do Centro Esportivo de Capoeira Angola, em 1941, por mestre Pastinha. Localizado no Pelourinho, em Salvador, o centro atraía diversos capoeiristas que preferiam manter a capoeira em sua forma mais original possível. Em breve, a notoriedade do centro cunhou em definitivo o termo "capoeira angola" como nome do estilo tradicional de capoeira. O termo não era novo, sendo, já na época do império, a prática da capoeira apelidada, em alguns locais, de "brincar de angola" e diversos outros mestres que não seguiam a linha de Pastinha acabaram adotando-o.
Atualmente
Hoje em dia, a capoeira se tornou não apenas uma arte ou um aspecto cultural, mas uma verdadeira exportadora da cultura brasileira para o exterior. Presente em dezenas de países em todos os continentes, todo ano a capoeira atrai ao Brasil milhares de alunos estrangeiros e, frequentemente, capoeiristas estrangeiros se esforçam em aprender alíngua portuguesa em um esforço para melhor se envolver com a arte. Mestres e contra-mestres respeitados são constantemente convidados a dar aulas especiais no exterior ou até mesmo a estabelecer seu próprio grupo. Apresentações de capoeira, geralmente administradas em forma de espetáculo, acrobáticas e com pouca marcialidade, são realizadas no mundo inteiro.
O aspecto marcial ainda se faz muito presente e, como nos tempos antigos, ainda é sutil e disfarçado. A malandragem é sempre presente, capoeiristas experientes raramente tiram os olhos de seus oponentes em um jogo de capoeira, já que uma queda pode chegar disfarçada até mesmo em um gesto amigável. Símbolo da cultura afro-brasileira, símbolo da miscigenação de etnias, símbolo de resistência à opressão, a capoeira mudou definitivamente sua imagem e se tornou fonte de orgulho para o povo brasileiro. Atualmente, é considerada patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
Roda de Capoeira
A roda de capoeira é um círculo de capoeiristas com uma bateria musical em que a capoeira é jogada, tocada e cantada. A roda serve tanto para o jogo, divertimento e espetáculo, quanto para que capoeiristas possam aplicar o que aprenderam durante o treinamento. Os capoeiristas se perfilam na roda de capoeira cantando e batendo palmas no ritmo do berimbau enquanto dois capoeiristas jogam capoeira. O jogo entre dois capoeiristas pode terminar ao comando do tocador de berimbau ou quando algum outro capoeirista da roda "compra o jogo", ou seja, entra entre os dois e inicia um novo jogo com um deles.
Em geral, o objetivo do jogo da capoeira não é o nocaute ou destruir o oponente. O maior objetivo do capoeirista ao entrar em uma roda é a queda, ou seja, derrubar o oponente sem ser golpeado, preferencialmente com uma rasteira. Na maioria das vezes, entre o jogo de um capoeirista mais experiente e um novato, o capoeirista experiente prefere mostrar sua superioridade "marcando" o golpe no oponente, ou seja, freando o golpe um instante antes de completá-lo. Entre dois capoeiristas experientes, o jogo poderá ser muito mais agressivo e as consequências mais graves.
ginga é o movimento básico da capoeira, mas além da ginga, também são muito comuns os chutes em rotação, rasteiras, floreios (como o  ou a bananeira), golpes com as mãos, cabeçadas, esquivas, acrobacias (como o salto mortal), giros apoiados nas mãos ou na cabeça e movimentos de grande elasticidade.
O Batizado
O batizado é uma roda de capoeira solene e festiva, onde alunos novos recebem sua primeira corda e demais alunos podem passar para graduações superiores. Em algumas ocasiões, podem-se ver formados e professores recebendo graduações avançadas, momento considerado honroso para o capoeirista. O batizado parte ao comando do capoeirista mais graduado do grupo, seja ele mestre, contramestre ou professor. Os alunos jogam com um capoeirista formado e devem tentar se defender. Normalmente, o jogo termina com a queda do aluno, momento em que é considerado batizado, mas o capoeirista formado pode julgar a queda desnecessária. No caso de alunos mais avançados, o jogo poderá ser com mais de um formado, ou até mesmo com todos os formados presentes, para as graduações avançadas.
Patrimônio Cultural da Humanidade
Em 24 de novembro de 2014, durante a 9ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda, que é realizada na sede da Unesco, em Paris, teve a inscrição para recebimento do título aprovada. Em 26 de novembro, a Unesco declara que a Roda de Capoeira é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Estilos

Falar sobre estilos na capoeira é um argumento difícil, visto que nunca existiu uma unidade na capoeira original, ou um método de ensino antes da década de 1920. De qualquer forma, a divisão entre dois estilos e um subestilo é amplamente aceita.

Angola

Capoeira Angola refere-se a toda a capoeira que mantém as tradições da época anterior à da criação do estilo Regional. Em outras palavras é a capoeira mais tradicional. Existindo em diversas áreas do país desde tempos mais remotos, notadamente no Rio de Janeiro, em Salvador e em Recife, é impossível precisar onde e quando a capoeira Angola começou a tomar sua forma atual.
O nome "Angola" já começa a aparecer com os negros que vinham para o Brasil oriundos da África, embarcados no Porto de Luanda, que, independente de sua origem, eram designados na chegada ao Brasil de "negros de Angola". Em alguns locais, a população se referia ao jogo de capoeira como "brincar de Angola" e, de acordo com Mestre Noronha, o "Centro de Capoeira Angola Conceição da Praia", criado pela nata da capoeiragem baiana, já utilizava ilegalmente o nome "capoeira Angola" no início da década de 1920.
O nome "Angola" foi finalmente imortalizado por Mestre Pastinha, ao inaugurar em 23 de fevereiro de 1941 o "Centro Esportivo de capoeira Angola" (CECA). Pastinha foi conhecido como grande defensor da "capoeira tradicional", prestigiadíssimo por capoeiristas de renome como Mestre João Grande e Mestre Moraes. Com o tempo, diversos outros grupos de "capoeira tradicional" passaram a adotar o nome Angola para seus estilos.
A Angola é o estilo mais próximo de como os escravos lutavam ou jogavam a capoeira. Caracterizada por ser estratégica, com movimentos furtivos executados perto do solo ou em pé dependendo da situação a enfrentar, ela enfatiza as tradições da malícia, da malandragem e da imprevisibilidade da capoeira original. Alguns angoleiros afirmam que seu domínio é muito complicado, envolvendo não só a parte mecânica do jogo mas também características como sutileza, o subterfúgio, a dissimulação, a teatralização, a mandinga ou mesmo a brincadeira para superar o oponente. A bateria típica em uma roda de capoeira Angola é composta por três berimbaus, dois pandeiros, um atabaque, um agogô e um ganzuá.

Regional

A capoeira regional começou a nascer na década de 1920, do encontro de mestre Bimba com seu futuro aluno, José Cisnando Lima. Ambos acreditavam que a capoeira estaria perdendo seu valor marcial e chegaram à conclusão de que uma reestruturação era necessária. Bimba criou, então, sequências de ensino e metodizou o ensino de capoeira. Aconselhado por Cisnando, Bimba chamou sua capoeira de Luta Regional Baiana, visto que a capoeira ainda era ilegal na época.
A base da "capoeira regional" é a capoeira tradicional mais enxuta, com menos subterfúgios e maior objetividade. O treinamento era mais focado no ataque e no contra-ataque, com muita importância para a precisão e a disciplina. Bimba também incorporou alguns golpes de outras artes marciais, notadamente o batuque, antiga luta de rua praticada por seu pai. O uso de acrobacias e saltos era mínimo: um dos fundamentos era sempre manter ao menos uma base de apoio. Como dizia Mestre Bimba, "o chão é amigo do capoeirista". A capoeira regional também introduziu, na capoeira, o conceito de graduações. Na academia de mestre Bimba, existiam três níveis hierárquicos: calouro, formado e formado especializado. As graduações eram determinadas por um lenço amarrado na cintura.
As tradições da roda e do jogo de capoeira foram mantidas, servindo para a aplicação das técnicas aprendidas em aula. A bateria, contudo, foi modificada, sendo composta por um único berimbau e dois pandeiros. Uma das maiores honras para um discípulo era a permissão para jogar iúna. O jogo de iúna tinha a função simbólica de promover a demarcação do grupo dos formados para o grupo dos calouros. A única peculiaridade técnica do jogo de iúna em relação aos jogos realizados em outros momentos da roda de capoeira era a obrigatoriedade da aplicação de um golpe pré-estabelecido no desenrolar do jogo. O jogo também destacava-se pela maior habilidade dos capoeiristas que o executavam. O jogo de iúna era praticado apenas ao som do berimbau, sem palmas ou outros instrumentos, o que reforçava seu caráter solene. Ao final de cada jogo, todos os participantes aplaudiam os capoeiristas que saíam da roda.
A luta regional baiana tornou-se rapidamente popular, levando a capoeira ao grande público e finalmente mudando a imagem do capoeirista, tido no Brasil até então como um marginal. Das muitas apresentações que mestre Bimba fez com seu grupo, talvez a mais conhecida tenha sido a ocorrida em 1953 para o então presidente da república Getúlio Vargas, ocasião em que teria ouvido do presidente: "A capoeira é o único esporte verdadeiramente nacional".
Capoeira Contemporânea
A partir da década de 1970 um estilo misto começou a adquirir notoriedade, com alguns grupos unindo os fatores que consideravam mais importantes da Regional e da Angola. Notadamente mais acrobático, este estilo misto é visto por alguns como a evolução natural da capoeira, por outros como descaracterização ou até mesmo mal-interpretação das tradições capoeirísticas. Com o tempo, toda capoeira que não seguia as linhas da Regional ou da Angola, mesmo as amalgamadas com outras artes marciais, passou a se denominar "Contemporânea".

Golpes e Movimentos

A capoeira usa primariamente os pés como ataque. Golpes podem ser diretos, como no caso do Martelo, ou giratórios, como no caso da Meia-lua de compasso. A rasteira é de suma importância, considerada por muitos como a melhor arma disponível para o capoeirista. Desenvolvida para o combate em desvantagem, o ataque do capoeirista deve ser aplicado no momento oportuno e de forma definitiva.
A defesa usa o princípio da não resistência, isto é, evitar um golpe com uma esquiva em vez de apará-lo. Esquivas podem ser executadas tanto em pé quanto com os apoios das mãos no chão. No caso de impossibilidade da esquiva, o capoeirista se defende aparando ou desviando o golpe com as mãos ou as pernas. A ginga é importantíssima para a defesa e para o ataque do capoeirista, tornando o capoeirista imprevisível durante o ataque e dificultando um possível contra-ataque, além de evitar que o capoeirista se torne um alvo fixo. Completam a técnica as cabeçadas, floreios (acrobacias no solo), tesouras, cotoveladas e outras.
Quadro com os Nomes dos Golpes
MortaisTraumatizantesDesequilibrantesEsquivasFugasFloreios
Meia-lua de CompassoRasteiraNegativa
Rabo de ArraiaMarteloVingativaMacacoRelógio
Aú ChibataMeia-lua de FrenteBandaEsquivaS-DobradoPião de Mão
ArmadaArrastãoCocorinhaAú de CabeçaSaca-rolha
QueixadaTesouraRoléAú sem MãoMortal
PonteiraQueda de QuatroParafuso
BênçãoQueda de RinsFolha Seca
Cotovelada
Cabeçada
Palma
Joelhada

Graduação

Devido à sua vastidão e à sua origem, a capoeira nunca teve unidade ou consenso. O sistema de graduação segue o mesmo caminho, nunca tendo existido um sistema padrão que fosse aceito pela maioria dos grandes mestres. Dessa forma, o sistema de graduação varia muito de grupo para grupo. A própria origem do sistema é recente, tendo partido com a Luta Regional Baiana de Mestre Bimba, na década de 1930. Bimba utilizava lenços de seda para diferenciar seus alunos entre aluno formado, aluno especializado e mestre. Alunos novos não possuíam graduação.
Atualmente, o sistema de graduação mais comum é o de cordas (também chamadas cordéis ou cordões) de diferentes colorações amarrados na cintura do jogador. Alguns grupos usam diferentes sistemas, ou até mesmo nenhum sistema. Existem várias entidades (Ligas, Federações e Confederações) que tentam organizar e unificar a graduação na capoeira. O sistema mais comum é o da Confederação Brasileira de Capoeira, que adota o sistema de graduação feito por cordas seguindo as cores da bandeira brasileira, de fora para dentro (iniciado na época em que a capoeira oficialmente era considerada parte da Federação Brasileira de Pugilismo).
Apesar de muito difundido com diversas variações, muitos grupos grandes e influentes utilizam cores diferentes ou mesmo graduações diferentes. A própria Confederação Brasileira de Capoeira não é amplamente aceita como representante principal da capoeira.

Sistemas de Graduação

1) Confederação Brasileira de Capoeira Graduação básica adulta (a partir de 15 anos)
  • Iniciante: sem corda ou cordão
  • Batizado: verde
  • Graduado: amarelo
  • Avançado: azul
  • Intermediário: verde e amarelo
  • Adiantado: verde e azul
  • Estagiário: amarelo e azul
Graduação avançada - Docente de capoeira
  • Formado: verde, amarelo e azul - 5 anos de capoeira - idade mínima 18 anos
  • Monitor: verde e branco - 7 anos de capoeira - idade mínima 20 anos
  • Instrutor: amarelo e branco - 12 anos de capoeira - idade mínima 25 anos
  • Contramestre: azul e branco - 17 anos de capoeira - idade mínima 30 anos
  • Mestre: branco - 22 anos de capoeira - idade mínima 35 anos
2) Outro sistema
Sistema mais comumente usado por muitos grupos regularizados, porém não-filiados por opção à Confederação Brasileira de Capoeira por variadas razões. Este sistema utiliza as cores primárias e secundárias, sendo as misturas de cores nas cordas descritas como "Transformações", ou seja, simbolizando a saída de uma graduação e ingresso à outra seguinte.
  • Iniciante: sem corda ou cordão
  • Batizado: Crua (sem coloração)
  • Graduado Iniciante: Crua e Amarela
  • Graduado: Amarela
  • Intermediário: Amarela e Laranja
  • Adiantado: Laranja
  • Estagiário: Laranja e azul
Graduação avançada - Docente de capoeira
  • Formado: Azul - 5 anos de capoeira - idade mínima 18 anos
  • Monitor Trainee: Azul e Verde - 7 anos de capoeira - idade mínima 18 anos
  • Monitor: Verde - 7 anos de capoeira - idade mínima 20 anos
  • Instrutor Trainee: Verde e Roxa - 12 anos de capoeira - idade mínima 23 anos
  • Instrutor: Roxa - 12 anos de capoeira - idade mínima 25 anos
  • Professor: Roxa e Marrom - 17 anos de capoeira - idade mínima 28 anos
  • Contra-mestre: Marrom - 17 anos de capoeira - idade mínima 30 anos
  • Mestrando: Marrom e Vermelha - 20 anos de capoeira - idade mínima 33 anos
  • Mestre: Vermelha - 22 anos de capoeira - idade mínima 35 anos
  • Grão-Mestre: Branca - 36 anos de capoeira e pelo menos 18 anos como mestre - idade mínima 55 anos
Graduação infantil (até 14 anos) — idêntica à graduação básica, porém metade da corda possui a cor cinza. A graduação infantil restringe-se até a graduação de estagiário. Para que o aluno se gradue como docente de capoeira deve atingir a idade mínima de 18 anos. O tempo de cada graduação varia conforme sua importância. As cordas iniciais, como a verde e a amarela, podem ser conquistadas em menos de um ano; por outro lado, chegar às cordas avançadas, notadamente as de contramestre e mestre, pode levar anos, e exige-se profundo conhecimento da capoeira para serem conquistadas — esse conhecimento, no entanto, não quer dizer saltos ou acrobacias, mas conhecimento instrumental, teórico, prática de docência, qualidade de jogo, respeito, cursos de aperfeiçoamento e boa índole pessoal são alguns dos requisitos básicos para tais graduações.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Rituais do Muay Thai

A tradição de uma série de rituais é referência no muay thai desde os seus primórdios até aos dias de hoje, sendo que continuam reverenciados enquanto parte fulcral desta tradicional arte marcial. Para o praticante de muay thai esta disciplina, mais do que um desporto de combate, é considerada uma filosofia, sendo adotada por muitos como um estilo de vida. Através de rituais realizados antes dos combates, os atletas procuram saberes fundamentais relacionados com a verdade, com a mente, com o conhecimento, onde demonstram e procuram forças e proteção espiritual para o combate respetivo. Cada um destes elementos do muay thai tradicional está profundamente ligado com a religião budista e crenças particulares do povo tailandês. A devoção budista desta nação pode ser observada na prática e nos seus costumes. Os templos budistas continuam a ser diariamente frequentados por lutadores e treinadores que neles realizam as suas preces, solicitando proteção e sucesso nas suas carreiras. Muito antes da religião budista ter chegado ao povo tailandês, este já possuíam uma cultura, crendo completamente na existência da vida após a morte e nos seus próprios espíritos protetores, que acreditam estarem presentes no muay thai. A religião do povo tailandês abrange mais do que a simples devoção budista e isto pode ser observado na prática quotidiana dos templos. Muito antes do budismo se instaurar nas terras de Sião, o povo thai era animista, ou seja, acreditava na existência de espíritos presentes em toda a parte. O budismo foi ocupando progressivamente o seu lugar de uma forma organizada mas sem eliminar por completo a crença anterior. Um dos costumes religiosos do povo tailandês consiste na utilização de um altar conhecido como casa dos espíritos, por eles designado de san phra phum (em tailandês: ศาลพระภูมิ). Cada centro de treino tem o seu pequeno local de culto sendo este adornado todos os dias com grinaldas de jasmim frescas e com oferendas de comida e bebida. Paralelamente, o povo tailandês acredita em amuletos da sorte e para o lutador tailandês existem dois dos quais este nunca se separa: o mongkon (coroa) e o kruang Ruang (bracelete). Não se sabe com precisão quando é que estes dois objectos sagrados se tornaram parte integrante do muay thai. A opinião geral é de que os mesmos foram introduzidos pelo Príncipe Negro, por volta do século XVI, como um elemento essencial dos rituais de combate.

Wai kru

wai kru também designado de khuen kru refere-se a uma cerimónia que tem como objetivo homenagear o mestre. Todos os anos é feita uma homenagem ao mestre do respetivo campo, a que se denomina yohk kru. Contudo, sempre que os pupilos queiram usar o conhecimento que lhes foi ensinado, começam por mostrar o seu respeito homenageando o seu mestre com uma dança previamente desenvolvida, que antecede o combate. Assim, o wai kru consiste numa primeira parte da dança, durante a qual o lutador percorre o ringue caminhando ao longo do perímetro circunscrito pelas cordas. Este atua com uma pausa em cada um dos cantos, rezando uma pequena oração. O ato de percorrer o ringue apresenta como simbolismo o delimitar o mesmo, conjurando infortúnios e protegendo o lutador durante todo o confronto. Seguidamente, o atleta dirige-se ao centro do ringue, ajoelhando-se voltado para o seu campo de treino. Pausadamente, une as suas luvas em frente da sua face, começando a inclinar-se enquanto reza pequenas orações budistas. Este conjunto de movimentos é repetido por três vezes, prestando homenagem a três entidades divinas. Durante estas preces o lutador dignifica Buda, a Sangha (ordem dos monges) e o Darma (os ensinamentos de Buda). Simultaneamente, o atleta dá graças ao seu mestre, ao seu campo e aos seus antepassados do muay thai. Quanto à etimologia do nome, wai significa "retribuir respeito" enquanto que kru significa "professor"; conjugando, obtém-se acepção de "retribuir respeito ao professor".

Ram muay

Para que o preceito seja possível, existe um costume aplicado previamente que determina a relação futura entre o aluno e o mestre. Okhuen kru ou yohk kru é denominado aquando o instrutor aceita o estudante, assim como quando o estudante aceita o instrutor para treiná-lo. No passado, o aluno era obrigado a servir o seu mestre por um determinado período de tempo antes do treino propriamente dito ter início. Durante este período o mestre observava o aluno assegurando-se a confiabilidade do mesmo, da sua honestidade e capacidade, atributos estes de alguém digno à aprendizagem desta arte. Uma vez correspondidas as expectativas quanto ao desempenho do aluno, o treinador determinaria administrar o khuen kru. Esta cerimónia marca o ponto em que mestre e aluno se aceitam mutuamente para o exercer de uma aprendizagem útil e proveitosa. O estudante passa ao dever de cumprir as regras e regulamentos estatuídos pelo seu mestre. O ram muay era executado no passado como forma de prestar homenagem ao rei que era normalmente um espectador assíduo das grandes competições. Consequentemente, o ram muay tornou-se uma tradição que preserva a arte do muay thai, não permitindo a perda da sua autenticidade. Este rito de passos e gestos cadenciados, é pois a primeira etapa a ser transmitida ao principiante da belicosa arte tailandesa.Subsequentemente ao ritual wai kru, e em movimentos sequenciais, o lutador começa a desenvolver uma lenta série de movimentos estilizados, o ram muay, sendo este executado ao ritmo da música que conduz o lutador em direcção às quatro cordas do ringue em busca de proteção. Cada atleta elabora uma dança própria que se diferencia de qualquer outro. Alguns dos lutadores incorporam movimentos únicos da região de onde são oriundos, enquanto que outros atletas simplesmente acrescentam movimentos próprios. O ritual tem como objetivo manter afastados os espíritos do mal, sendo empregue sempre antes dos confrontos com o propósito de que nenhum mal ocorra para com o lutador e o seu mestre. Em suma, o ram muay tornou-se um entretenimento adicional para o espectador do muay thai e um alongamento que consiste em desenvolver uma série de movimentos previamente estabelecidos ou improvisados dentro do ringue. Além de ser uma tradição litúrgica, esta série ritmada de gestos e de passos serve também como aquecimento antes do início do combate, sendo igualmente uma forma de relaxamento que prepara o competidor física e mentalmente. Os lutadores que apresentam o mesmo estilo de dança são da mesma escola. Existe a crença que a prática do ram muay traz sorte e protege contra acontecimentos funestos. O ram muay é executado de acordo com as instruções e estilo do treinador, variando de região para região e de treinador para treinador. Em todo o treino de muay thai, o ram muay constitui uma parte fundamental da aprendizagem.

Saudação

Depois de completos os rituais wai kru e ram muay, tanto o lutador como o seu mestre realizam uma saudação. Comum entre os praticantes da religião budista, esta saudação é efectuada com as mãos juntas à frente do rosto, seguindo-se uma pequena flexão frontal com a cabeça e tronco. As mãos devem estar posicionadas mais à frente dependendo da importância da pessoa que se cumprimenta. Esta saudação realiza-se em todas as ocasiões de encontro, pronunciando-se as palavras sawadee krap ou kaa kru muay. Por sua vez, aquando a saudação feminina, são proferidas as palavras sawadee kaa como cumprimento feminino.

Mongkon

mongkon refere-se a uma coroa usada pelos lutadores quando entram no ringue. Este objecto sagrado é tradicionalmente benzido em sete mosteiros budistas, sendo colocado na cabeça do lutador antes do mesmo entrar no ringue de combate e, naturalmente, de serem executados os rituais wai kru e ram muay. O mongkon pertence ao mestre e ao campo de treino do lutador. Todos os atletas de determinado campo utilizam o mesmo mongkon. Este é colocado na cabeça do lutador antes do mesmo se deslocar para o ringue, precedido de uma breve oração, que se acredita que protegerá o lutador de graves lesões, sendo que expulsará os espíritos negativos da área de combate. Por fim, o sagrado objecto é removido do lutador quando este termina uma série de movimentos sequenciais que completam o wai kru e o ram muay. A colocação e remoção do mongkon é executada, geralmente, pelo treinador do ginásio, contudo pode também ser efectuada pelo pai do lutador ou alguém bastante próximo do mesmo. Omongkon é único para cada campo. Este objeto purificado permite que, através da sua posição e formato, seja possível distinguir o respectivo local da Tailândia de onde o atleta é proveniente. No passado, caso a parte de trás do mongkon estivesse apontada para cima, significava que o lutador era originário do norte da Tailândia. Uma vez que a parte de trás estivesse apontada para baixo, então o mesmo pertencia ao sul do país. Adicionalmente, se a extremidade posterior estivesse apontada para trás, então o atleta pertencia à zona centro da Tailândia. Outrora, os lutadores estavam deveras interditos de transportar ou colocar em si mesmos este objeto. Contudo, é hoje comum que omongkon seja já segurado pelos atletas, sobretudo no ocidente. Como peça sagrada, e de acordo com as tradições budistas, o mongkon é sempre guardado acima da cabeça de todos na sua presença e nunca é suposto que o mesmo toque o solo.

Paprachiat

paprachiat também conhecido por prajied ou kruang ruang refere-se a uma corda trançada colocada no braço do lutador. Ao contrário do mongkon este é um objeto pessoal.O amuleto sagrado é oferecido ao lutador antes de este iniciar a sua carreira no campo de treino durante o seu período de formação espiritual que deve ocorrer por um tempo de aproximadamente seis meses num mosteiro. Ao longo da cerimónia final no mosteiro, o amuleto é benzido pelos monges, transformando-se num importante talismã. Ao longo do tempo, e principalmente em regiões fora da Tailândia, estes formalismos foram-se perdendo, no entanto outros ainda se mantém. O kruang ruang é consumado a partir de tecido proveniente de roupas sagradas de um monge, assim como de roupas de um membro da família do lutador. Este pode usar o kruang ruang em apenas um dos braços, evidenciando qual dos seus braços é o mais forte. Porém, alguns estádios exigem que o objecto deva ser utilizado em ambos os braços, como é exemplo o estádio Lumpinee. Tal como no mongkon, acredita-se que o amuleto providência sorte, protegendo o lutador durante o combate.

Phuang malai

Também dentro das tradições está presente o phuang malai, uma grinalda de flores que é colocada no pescoço do lutador. Ophuang malai é oferecido pelos colegas ao lutador como forma de amuleto e desejo de sorte. Estas flores, normalmente de jasmim, são firmadas entre si, formando uma gargantilha suficientemente grande para que o lutador a possa usar à volta do seu pescoço. Na tradição budista, as flores simbolizam a vida, a morte e a volatilidade da existência. O phuang malai não é oriundo do muay thai, tal como o mongkon e o kruang ruang, este foi incorporado no desporto por influência da cultura tailandesa, no entanto, é frequente o lutador transportar o phuang malai para dentro do ringue, onde é retirado depois das danças cerimoniais e antes do combate.
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